sábado, 31 de dezembro de 2011

Andanças pelo sertão virtual

Nos meus périplos internéticos, encontrei esses vídeos d' Os Trapalhões. É o quadro do Show de Calouros. A trupe faz releituras de músicas da MPB. A segunda parte, apresenta uma música do Velho Faceta. Figura da Cultura Popular do Nordeste. O post da próxima semana aproveitará a intertextualidade do mundo moderno (ou pós). Ligarei o Velho Faceta e o Black Metal. Esperem.
 
 

 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Auschwitz à conta-gotas

Auschwitz é o mais conhecido campo de concentração nazista. A “fama” é decorrente das incontáveis pessoas mortas nesse local. Ciganos, gays, judeus e outras minorias passaram pela “linha de montagem” da morte, situada nos muros do estabelecimento. Precisão, regularidade e mecanização eram palavras adotadas nessa indústria macabra.

O objetivo dos campos de concentração era aniquilar os “diferentes”. Orientados sob as diretrizes da ideologia nazista, sistematizavam a morte dos opositores do regime. Abrimos aqui um parênteses, houve campos de concentração ou prisões tingidos com outros matizes ideológicos. A remoção dos inimigos do regime soviético, para a Sibéria, é a outra face, de outra ideologia. A Revolução Cultural comandada por Mao Tsé-Tung, a mesma coisa. Direita ou esquerda, não importa. A humanidade derramou sangue pelo caminho.

A II Guerra Mundial acabou. O Muro de Berlim caiu. E o aprisionamento de pessoas por razões étnicas, políticas e religiosas deixou de fazer sentido (nunca fez). Auschwitz e os Gulag’s são realidades distantes. Somente na aparência. O cotidiano dessas prisões pautava-se no disciplinamento do corpo e da mente. O sujeito devia ser anulado a todo custo por meio da violência e intimidação. 

E hoje, Auschwitz é possível? Não em doses maciças, como os nazistas praticavam. Homeopaticamente, sim. Quem passou pelos portais dos presídios, asilos, manicômios e demais casas de correção. Sabe a que me refiro. Tais instituições trabalham com o intuito de educar e socializar os indivíduos. O público-alvo dessas fundações são - a sociedade e o Estado assim os denomina - os seres decrépitos, diferentes, deformados. Os locais que os abrigam. Consideram-se preservadores da vida. 

Discurso mentiroso. Os cidadãos abrigados no interior desses muros, vivem a receber doses microscópicas de Auschwitz. Transponha os umbrais e verá seres esquálidos com olhares e esperanças despedaçadas. As diferenças são mínimas. O campo de concentração nazista funcionava pautado em métodos. As casas de aprisionamento contemporâneas, também. Os prisioneiros dos nazistas, esperavam as forças aliadas, para liberta-los. E hoje? A indiferença é o único cuidado oferecido pela sociedade.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bom Velhinho

Período natalino, fim de ano. É nesta época que desaba sobre a civilização ocidental, a peste das confraternizações. As pessoas piram, acreditam loucamente na ressurreição de Cristo. Contraditoriamente, é por meio do consumismo desmesurado, que “pessoas” pensam no ressurgimento de Cristo, mediante a troca de presentes. Quem nunca presenciou uma festa natalina, em repartição pública ou empresa, pontuada pelo discurso Cristão, e concluída na base do desapontamento? Dê a primeira pedrada. O motivo central não foi Cristo, e sim a diferença de preço entre o presente dado e o, recebido.

Falar em Natal é fazer referência a Papai Noel. Figura senil e capaz de apagar a importância do leitmotiv natalino. Ou seja, o nascimento de Cristo. É do conhecimento geral, que Papai Noel estimula o consumismo. Isso é óbvio. O capitalismo ocidental, teria que ser muito criativo, para estimular a dinâmica da troca de presentes por meio da figura de Jesus Cristo. Afinal, o filho do carpinteiro expulsou os “camelôs” do templo de Jerusalém. Atualmente, se Jesus pega Papai Noel pelas esquinas da vida. Jesus ganharia uma condenação por homicídio doloso.

Antes de pensar o Natal como a festa da troca de presentes, devemos semear a mensagem cristã. Independente da religião. Cristo incentivou a harmonia entre nossa espécie, não somente entre pessoas com afinidades. Mas também com a diversidade. Devemos lembrar que foi Jesus o responsável, por impedir o apedrejamento de uma prostituta. Quem acusar esse texto de pieguice, pense bem antes falar. Eu não estou impregnado do espiríto Natalino. Farei a mesma coisa que as crianças fazem com os carrinhos de brinquedo na manhã de Natal, arrancarei os aparelhos locomotores com um sorriso pueril.